domingo, dezembro 17, 2006

Coisas raras


Um das coisas mais interessantes da vida é a raridade de alguns eventos. Existem dois em específico que me chamam a atenção: O nascer e a morte. Você jamais vivenciará os eventos destes dois extremos repetidas vezes.

Nascemos uma vez e seguimos nosso ciclo vital, que compreende o crescimento, reprodução, evelhecimento e enfim a morte. Aonde encerramos as atividades biológicas e tudo mais. Para muitos é motivo de desespero, para outros indiferença, alguns até encaram como libertação. Eu prefiro enxergá-lo como sendo o ponto final. Assim como tudo, a própria vida tem seu fim.

Todos nós, inevitavelmente um dia chegaremos em final de carreira. A carreira da vida. Enquanto isso, escrevemos nosso currículo. Fatos, opções, decisões, erros, contribuem para que possamos grafar nas linhas da existência, nossas sensações.

As vezes observo na praça pessoas de idade avançada caminharem nos jardins. Reparo sempre no andar da experiência, o olhar da sabedoria e as vezes um sentimento de despedida, não uma despedida comum, é uma despedida sem volta, aonde surge a chance de provar, enfim, o último dos sentidos.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Final de ano.


Final de ano. Sim, já falamos sobre, mas agora a ótica é diferente. Cá estamos nós, caminhando em dias de dezembro, chegou rápido demais, os dias correram depressa, tão depressa que sinto um enorme cansaço. É como se tivesse corrido uma maratona inteira, sem parar.

Final de ano. Janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro... Dezembro! Doze meses em um dia. Doze meses em uma vida! Um ano a mais de nossa passagem, é um ano a mais de histórias que contaremos nos botecos da vida, entre um gole e outro da essência da juventude ou experiência.

Final de ano. É hora de deixar no caminho, alguns fantasmas, coisas que esvaziam nosso espírito, pesam na alma. Deixe-as gentilmente, despeça-se e não olhe para trás.

Final de ano. Novas promessas, novos desejos, novas esperanças e novos erros, por que não?

Ao amanhecer do dia primeiro de janeiro de 2007, pense em alto e bom tom: Este ano será o melhor ano da minha vida.

Feliz ano novo!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Keep walking...

Outro dia, em uma das raras ocasiões em que estava assistindo TV, me deparei com algo inesperado: Um comercial perfeito (ou quase).

Normalmente os comerciais do whisky Johnnie Walker são muito bons mas este surpreende. É o relato de um andróide que diz que um de seus desejos é ser humano, para saber o que significa ter sentimentos, ter esperanças, ter angustias, duvidas, amar... Ele duvida que seja o futuro, porque o futuro somos nós, humanos. E fecha com algo inspirador: Eu posso alcançar a imortalidade. Basta não me desgastar. Você também pode alcançar a imortalidade. Basta fazer apenas uma coisa notável.

Algo notável pode imortalizar uma pessoa?

Sim! Pessoas comuns em atos incomuns podem mudar o rumo da história, seja para o bem, seja para o mal. Quantas pessoas assim já existiram? Quantas de fato são imortais? Poucas! Poucas pessoas são imortais! Restam a própria existencia, deixam para trás uma marca! Algo para ser lembrado.

E você? O que fará para fazer a diferença?

Keep walking.

***


domingo, novembro 12, 2006

... então valeu a pena.


Coragem, coragem. As vezes falta coragem para dar um passo adiante.
Coragem para chamar,
coragem para perguntar,
coragem para falar,
coragem para declarar. Coragem.

Quem é que já não passou por uma situação dessas? Em que falta coragem para pular de fase? Aonde é que foi parar a coragem para aquela vontade de falar com a mocinha ou o mocinho da festa? Aonde é que foi parar a coragem para levantar a mão e perguntar? Aonde é que foi parar a coragem para declarar o que sente? É, as vezes este bendito nos trai. Seja lá por qual motivo! Timidez? Inconveniencia? Medo do fracasso? Sim! Todos eles! Misturados e escaldados, faz um estrago que vira arrependimento.

De vez em quando, surge uma luz. Um ato impensado, a última chance, a última tentativa. Aí a coisa muda! O calafrio domina seu corpo, o suor gelado refrigera o rosto resguardado e tímido e algo acontece. A mensagem foi entregue e o contato sugerido.

Não deu certo? Vou parafrasear um amigo que certa vez disse que só nos resta pensar que... Se o coração bateu mais forte, então valeu a pena.

quinta-feira, novembro 02, 2006

O ano


É hora de refletir, analisar, recomeçar. O recomeço é uma renovação, fica a impressão de que existe uma nova chance. Uma nova oportunidade de fazer direito ou errar um pouco menos.

O tempo passou, em poucos dias um novo ano se inicia, uma nova época se edifica. É engraçado como as coisas são. O ano novo é um dia como qualquer outro, mas fica a sensação de reinicio. Cultivam-se novas esperanças e novas antigas promessas. As vezes as promessas não cumpridas aparecem para incomodar. Confesso a vocês que deixei de cumprir diversas delas que fiz no final do ano que se foi. Por outro lado realizei coisas que jamais pude imaginar. Algumas loucuras, preocupações, outras tristezas. Já diziam os mais velhos que a vida é mesmo assim, uma nova surpresa em momentos inesperados.

Sei que ainda é cedo para fazer um balanço do ano que se finda, mas sinto as brisas da mudança. Os ventos mudaram, a sorte está mudando, para melhor ainda não sei. O que sei é que um clima de despedida está no ar. As chuvas começaram e são implacáveis, persistentes, os sinos natalinos começarão a soar e os fogos de artifício comecarão a estourar, anunciando um novo dia e um novo ano.

quinta-feira, outubro 19, 2006

True


Spandau Ballet - True


So true funny how it seems
always in time, but never in line for dreams
Head over heels when toe to toe
This is the sound of my soul,
this is the sound
I bought a ticket to the world,
but now I've come back again
Why do I find it hard to write the next line
Oh I want the truth to be said

Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true
Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true

With a thrill in my head and a pill on my tongue
dissolve the nerves that have just begun
Listening to Marvin (all night long)
This is the sound of my soul,
this is the sound

Always slipping from my hands,
sand's a time of its own
Take your seaside arms and write the next line
Oh I want the truth to be known

Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true
Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true

I bought a ticket to the world,
but now I've come back again
Why do I find it hard to write the next line
Oh I want the truth to be said

Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true
Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true
This much is true
I know, I know, I know this much is true

***

Músicas são eternas, tudo que é bom pode ser eterno, mesmo que em lembranças. Entretanto, as músicas tem um sentido especial. Muitas vezes uma recordação é acompanhada de uma trilha sonora, outras vezes nossos sentimentos podem ser expressados em uma canção. Quem é que não tem a música de sua vida? Esta em especial embalou pessoas de tempos diferentes, tem um estilo cafona, romântico, associado a um clipe meigo típico das baladinhas de época.

True, de Spandau Ballet, fez um enorme sucesso em 1983, foi relembrado em 2000 como parte da trilha sonora do filme "As Panteras (Charlie's Angels, Sony, 2000)" e jamais será esquecido pelos saudositas de plantão.

Clique aqui para saber mais sobre o Spandau Ballet (Wikipedia) e aqui para ver o videoclipe.

"I bought a ticket to the world, but now I've come back again..."

sexta-feira, outubro 13, 2006

Quando voltar? Talvez.


Uma hora temos que partir, o tempo que restava se esvaiu e acabou. Antes de ir, paramos para pensar, refletir, analisar, colocar na balança tudo aquilo que foi feito, saber se valeu a pena. De um lado ficam os arrependimentos por algo que não foi feito, uma atitude que não foi tomada. Do outro a felicidade de alguns momentos.

De que lado esta balança irá pender eu não sei e jamais saberei, faltaram alguns elementos, talvez tenha faltado um certo tempo, ou o tempo que me foi dado já era, por natureza, escassa. Algumas vezes acontecem coisas incompreensiveis, daí vem a nossa teimosia em compreende-los. Oras, se é incompreensível para que teimar em compreende-lo? Não há razão. Talvez o ponto de equilibrio é fazer o que estiver ao alcance. Se não deu certo, paciência, mas é importante sempre estar consciente de que fez sua parte e partir, para o bem de todos.

É hora de ir, cedo da manhã, antes mesmo do sol nascer, antes da primeira alma despertar em um novo dia. É a oportunidade de sentir os ventos gelados, velados pela noite, acender os faróis e iluminar a estrada, ainda misteriosa e desconhecida a cada curva, tal qual desconhecido serei quando o esquecimento vier, quando menos se perceber.

Despeço-me de uma vida curta e inicio uma outra nova que não sei como será, vai depender de onde esta estrada me levar. Na bagagem levo a balança, para que eu possa pesar a proxima oportunidade que surgir. Quais eram os elementos da balança? Não vou contar. Quando voltar? Talvez.

terça-feira, outubro 03, 2006

O tesouro de Bresa


A vida é um eterno aprendizado, começamos a aprender desde os primeiros dias de nossa história até o final. Com o tempo descobrimos novos encantos, novos rumos, mudamos, adquirimos conhecimento. O tesouro de Bresa é uma história que imita a vida.

***

Houve outrora, na Babilônia, um pobre e modesto alfaiate chamado Enedim, homem inteligente e trabalhador, que não perdia a esperança de vir a ser riquíssimo. Como e onde, no entanto, encontrar um tesouro fabuloso e tornar-se assim, rico e poderoso?

Um dia, parou na porta de sua humilde casa um velho mercador da Fenícia, que vendia uma infinidade de objetos extravagantes. Por curiosidade, Enedim começou a examinar as bugigangas oferecidas, quando descobriu, entre elas, uma espécie de livro de muitas folhas, onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos. Era uma preciosidade aquele livro, afirmava o mercador, e custava apenas três dinares.

Era muito dinheiro para o pobre alfaiate, razão pela qual o mercador concordou em vender-lhe o livro por apenas dois dinares.

Logo que ficou sozinho, Enedim tratou de examinar, sem demora, o bem que havia adquirido. E qual não foi sua surpresa quando conseguiu decifrar, na primeira página, a seguinte legenda: "O segredo do tesouro de Bresa". Que tesouro seria esse? Enedim recordava vagamente de já ter ouvido qualquer referência a ele, mas não se lembrava onde, nem quando. Mais adiante decifrou: "O tesouro de Bresa, enterrado pelo gênio do mesmo nome entre as montanhas do Harbatol, foi ali esquecido, e ali se acha ainda, até que algum homem esforçado venha encontrá-lo."

Muito interessado, o esforçado tecelão dispôs-se a decifrar todas as páginas daquele livro, para apoderar-se de tão fabuloso tesouro. Mas, as primeiras páginas eram escritas em caracteres de vários povos, o que fez com que Enedim estudasse os hieróglifos egípcios, a língua dos gregos, os dialetos persas e o idioma dos judeus. Em função disso, ao final de três anos Enedim deixava a profissão de alfaiate e passava a ser o intérprete do rei, pois não havia na região ninguém que soubesse tantos idiomas estrangeiros.

Passou a ganhar muito mais e a viver em uma confortável casa.

Continuando a ler o livro, encontrou várias páginas cheias de cálculos, números e figuras. Para entender o que lia, estudou matemática com os calculistas da cidade e em pouco tempo, tornou-se grande conhecedor das transformações aritméticas. Graças aos novos conhecimentos, calculou, desenhou e construiu uma grande ponte sobre o rio Eufrates, o que fez com que o rei o nomeasse prefeito.

Ainda por força da leitura do livro, Enedim estudou profundamente as leis e princípios religiosos de seu país, sendo nomeado primeiro-ministro daquele reino, em decorrência de seu vasto conhecimento. Passou a viver em um suntuoso palácio e recebia visitas dos príncipes mais ricos e poderosos do mundo. Graças ao seu trabalho e ao seu conhecimento, o reino progrediu rapidamente, trazendo riquezas e alegria para todo seu povo.

No entanto, ainda não conhecia o segredo de Bresa, apesar de ter lido e relido todas as páginas do livro.

Certa vez, então, teve a oportunidade de questionar um venerando sacerdote a respeito daquele mistério, que sorrindo esclareceu:

- O tesouro de Bresa já está em seu poder, pois graças ao livro você adquiriu grande saber, que lhe proporcionou os invejáveis bens que possui. Afinal, Bresa significa "saber".

Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros inimagináveis. O tesouro de Bresa é o saber, que qualquer homem esforçado pode alcançar, por meio dos bons livros, que possibilitam "tesouros encantados" a aqueles que se dedicam aos estudos com amor e tenacidade.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Coisas impossiveis

Outro dia vi uma frase muito interessante no Instant Messaging do meu amigo Ricardo. Não sei a autoria, mas ela dizia que: "As coisas dificeis levam muito tempo. As impossiveis, demoram um pouco mais" .

***

Reparem no poder de uma frase! Tão curta, tão intensa! Um conjunto de palavras que te inspira, instiga, desafia, motiva! É uma injeção de ânimo para um dia perdido. Perdido? Não existe nada perdido se até as coisas impossiveis se tornam possiveis, quando se tem a coragem necessária e a atitude esperada.

domingo, agosto 27, 2006

Caminhando


Sempre que posso, gosto de caminhar. Andar pelas ruas e procurar caminhos que nunca passei. Descobrir um novo atalho e curtir a brisa do final de tarde. É um bom jeito de ver o dia cair, ver o sol se por numa montanha a oeste.

Saio de casa quando a tarde anuncia sua despedida, quando a noite acena no horizonte. Volto quando as primeiras estrelas, tímidas, começam a colorir o céu. As vezes cruzo com pessoas conhecidas, outras vezes sequer percebo quem passou do lado.

Sempre me recordo das pessoas que amei, um dia que se foi e de muitas coisas que ainda quero fazer. É hora de refletir, colocar na balança tudo aquilo que vivi, analisar o que valeu e separar o que é para se esquecer.

A vida é assim também. Singela como uma caminhada. A única diferença é que ela dura um pouco mais. Viver é caminhar, a cada passo surge algo novo, cada passo dado te leva para um novo lugar. De decisões tecemos nossa teia, até que se torne uma rede que abriga nossa história.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Num palco de improviso


Não sei como começar esta mensagem, para ser honesto, nunca soube como começar, apesar de saber muito bem como gostaria de terminar.

O proximo paragrafo é sempre uma velha surpresa, não saberia por quais caminhos toda história se desenvolveria até o esperado. Em um dia como qualquer outro, uma frase como muitas que foram ditas.

Mas espere! Desta vez é diferente! Tenho consciencia de que tudo que me vem a mente não é pré-meditado, a frase seguinte não foi cuidadosamente elaborada ou inspirada. É uma surpresa. Boa ou ruim, tanto faz, é um um baú trancado esperando para ser aberto.

Quer saber? Não há nada de errado nisso! É que hoje estou imitando a vida! Finalmente pude perceber que viver é como se apresentar em um palco de improviso!

Então, quando as cortinas se fecharem, que deixemos motivos para sermos aplaudidos de pé.

terça-feira, julho 25, 2006

Wind of change


Scorpions - Wind of change

I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change
An August summer night
Soldiers passing by
Listening to the wind of change

The world closing in
Did you ever think
That we could be so close, like brothers
The future's in the air
I can feel it everywhere
Blowing with the wind of change

Chorus:
Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever

I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

***

Esta música fez bastante sucesso na década de noventa, ela é inspirada num momento histórico em que o mundo assistiu o colapso da União Soviética.

O simbolo da divisão do mundo, o Muro de Berlim foi derrubado pela nova ordem mundial que começou a se estabelecer a partir dali.

Em novembro de 1989 o mundo viu diante dos olhos o nascimento de uma nova era.

Curiosidade: Moskwa é um rio que cruza Moscow, a capital da antiga União Soviética, e centro do Socialismo.

O clipe pode ser visto no YouTube.com em: Scorpions - Wind of change

sexta-feira, julho 21, 2006

Saudades


Sou uma pessoa saudosista. Sinto saudades de tudo na vida, até mesmo dos momentos ruins, porque se algo foi realmente ruim e ainda posso estar aqui para lembrar, o que conta desde então é a superação e isso transforma em saudades.

Existem diversos tipos de saudades, alguns nos fazem sorrir, outros nos fazem chorar, outros são simplesmente saudades.

Entretanto, o tipo que mais me assusta é a saudade de algo que nunca aconteceu, daquilo que poderia ter sido. Esta sim nos remete uma verdadeira dor. Tantas vezes já me vi perguntando, formulando uma frase que começa com: "E se."

Ah, é nessas horas que ficamos com um sentimento de perda, a perda daquilo que nunca existiu ou nunca aconteceu.

E se eu tivesse aceitado aquele emprego, hoje estaria muito melhor e sentiria saudades de uma brilhante carreira que construiria.

E se eu tivesse ido naquele encontro, sentiria saudades de bons momentos que um dia teriamos e sentirei saudades de momentos que ainda estariam por vir.

E se eu tivesse terminado naquele momento que as coisas iam mal, sentiria saudades de amores que viveria porque não teria medo de me apaixonar.

E se eu tivesse corrido um pouco mais, teria conseguido voltar a tempo e sentiria saudades de dias de paz, pois, teria pedido desculpas para um amigo que se foi para sempre.

E se eu tivesse escutado minha mãe e não tivesse saído naquela tarde de chuva, sentiria saudades dos meus aniversários que nunca mais aconteceram.

Uma das maiores dores de nossas vidas é sentir saudades daquilo que poderia ter sido.

quinta-feira, julho 20, 2006

Memórias


Memórias. É tudo aquilo que juntamos durante nossa existencia.

Minhas memórias são como uma vida: Rara, tão rara que jamais viverei novamente tudo aquilo que recordo.

Se pudesse escolher um momento para reviver, escolheria o dia de amanhã. Parece ir contra todos os princípios, mas é lá que reside a esperança, num novo dia que está para nascer, uma surpresa que está para se revelar, na ansiedade de um recém chegado, mesmo sabendo que quando vier, já será um novo parágrafo.

Tenho um momento para viver, felizmente não tenho escolha, é o presente, é o agora, é tudo aquilo que acontece enquanto se pensa sobre e enquanto os fatos correm a favor do tempo, até virarem lembranças.

Um dia descobriremos que a máquina do tempo nunca será inventada, porque não se inventa o que sempre existiu. Eu tenho uma máquina do tempo e ela é especial porque pode apenas olhar para o passado, aprender com os erros e relembrar os bons momentos.

Um dia descobriremos que uma vida feliz se constroi com poucos elementos: Boas memórias e um futuro enquanto o presente acontece.

domingo, julho 09, 2006

A janela do meu quarto


Da janela do meu quarto posso ver uma rua, desta janela posso ver também os passantes apressados, ansiosos para chegar em algum lugar, talvez seu lar, talvez o lar de quem os espera. Aquela velha janela já viu muita coisa, um solitário caminhando, um casal namorando, um senhor passeando com seu cachorro. É a janela que me mostra algumas vidas passando, depressa ou sem pressa, dela partem histórias de noites frias e tardes quentes, sol e chuva.

Enquanto fico a olhar por esta janela, a vida vai passando, como os transeuntes da rua, companheira e solitária. Se esta rua pudesse falar, falaria de todas as impossibilidades e todos os desencontros que cada esquina levou, tantos dobraram-na para nunca mais voltar, tantos outros por muitas vezes voltaram.

Sou o que fica observando tudo isso, num ritmo que já dura anos, um ritmo lento, assim como a propria vida, que não muda mais, até porque a perdi faz tempo. Sou o fantasma das lembranças que aqui ficaram, as lembranças daqueles que por esta janela, olharam aquela rua. A rua do tempo.

segunda-feira, julho 03, 2006

Escolhas


Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto. Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, na qual haviam gravadas figuras de caveiras.

Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
- Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.

Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe: Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.

O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.


O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta. Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

(Autor desconhecido)

***

Esta porta é o nosso futuro, nossas chances, nossos riscos. Podemos ficar trancados pelo resto de nossas vidas, podemos ser mortos por habilidosos arqueiros ou podemos ser livres.

domingo, junho 18, 2006

O navio, um mar, uma vida


"Os navios estão a salvo nos portos, mas não foi para ficarem ancorados que eles foram criados." (desconheço o autor).


***

Nós somos como os navios construídos, se ficarmos no porto, não seremos vítimas das incertezas e dos perigos do mar. Entretanto, este mesmo mar dos perigos e incertezas é o mar das oportunidades, nos leva para outras terras, outros povos, novos continentes, carregam riquezas e lembranças, memórias e alimentos, alimento para a alma, para a vida, para o dia. Em poucas palavras abrem-se as portas para novas histórias, outras lendas, muitas vezes lendas de nós mesmos em contos exagerados.

Navegue nos mares da vida, busque novos rumos, conheça outras ilhas. Deixe seu navio partir, carregue nele toda esperança de dias melhores e ao invés de esperar que qualquer brisa o assopre para algum lugar, reme com perseverança e encontre os bons ventos que empurrarão as velas de sua barca, sua vida.

sexta-feira, junho 16, 2006

Se pudessemos?


E se pudéssemos viver mais uma vez?

***

Esta é uma pergunta para reflexão. Apesar de ainda termos uma vida inteira pela frente, a maioria de nós já vivemos o suficiente para termos arrependimentos, alguns de coisas que fizemos e a maioria, coisas que não fizemos por medo, insegurança ou seja lá o que for.

Fiz algumas loucuras nesta vida e se pudesse viver mais uma vez, não só repetiria como também faria tudo aquilo que deixei de fazer por medo da incerteza. A estas alturas compreendi que nada é realmente certo e existem apenas três possibilidades: Dar certo, não dar certo ou sequer termos dado a chance, a última possibilidade é a mais amarga, porque anula todas as demais.

Aprendi que é melhor correr o risco de ser feliz do que temer o erro.

sábado, maio 20, 2006

Lugar distante


Qual foi o lugar mais distante em que sua coragem se aventurou? Não foi tão longe? Então vá! Vá aonde seus desejos não te alcançariam, onde suas dores o deixariam viver e aonde a vida seguiria adiante. Vá pra um lugar em que os seus sonhos possam se realizar, aonde a esperança é realmente a última a te deixar. Um canto distante, geograficamente disperso, inimaginável, longe, tão longe que seu coração não possa alcançar e suas lembranças retornarem disfarçadas de saudade.

O lugar mais distante que já estive foi próximo de um coração, bem do lado, do lado de fora, esperando pra entrar. Entretanto isto nunca aconteceu, foi um mero acaso, um acaso que me fez pensar em momentos que estariam por vir, em momentos que ainda sentiria saudades um dia. Naqueles momentos em que olharíamos para o mesmo lugar adiante, ingressando-se em sonhos comuns e realizações afins.

Das alegrias que poderiam vir, só vou me lembrar da oportunidade. Das tristezas que poderiamos dividir, só vou me lembrar de outros braços e abraços.

Quem sabe num futuro qualquer este lugar distante não seja uma realidade? Ou uma mera lembrança de tempos que jamais vieram.

A verdade é que jamais me arrependerei de ter ido tão longe, mesmo sabendo que jamais voltaria.

quarta-feira, maio 03, 2006

Sinceridade


Já dizia Confúcio: A sinceridade é o princípio e o fim de todas as coisas.
Agora sei o que isto significa.


segunda-feira, abril 10, 2006

Rifa-se um Coração

Memórias, lembranças, saudades, são ingredientes de nossa história! Este poema da Clarice Lispector me traz boas recordações.

***

Rifa-se um coração

Um coração idealista.
Um coração como poucos,
Um coração a moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar
peças em seu usuário.

Rifa-se um coração que na verdade está
um pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em cultivar sonhos e alimentar ilusões.
Um pouco inconseqüente e que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que
Tim Maia estava certo quando escreveu e
tão bem cantou...
"Não quero dinheiro, quero amor sincero, é isso que eu espero..."
Um idealista, um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende,
que não endurece e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz,
sendo simples e natural.
Um coração insensato,
que comanda o racional sendo louco
o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações
e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra que briga, se expõe
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e as vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este mesmo coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional que
abre sorrisos tão largos
que quase dá para engolir as orelhas,
mas que também arranca lagrimas e faz
murchar meu rosto.
Um coração para ser alugado ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado, apenas indicado para quem
quer viver intensamente,
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração tão inocente que se mostra
sem armaduras e deixa louco seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer a São Pedro:
-"O Senhor pode conferir, eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi
este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer."

Rifa-se um coração,
ou mesmo troca-se por outro que tenha um
pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser
que o abriga tão carinhosamente.
Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que
ainda não foi adotado,
provavelmente, por ainda se recusar a cultivar
ares selvagens ou racionais,
por não querer perder seu estilo e sua
verdadeira identidade.

Oferece-se um coração vadio, sem raça,
sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos,
que mesmo estando no mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário
a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

(Clarice Lispector)

sexta-feira, abril 07, 2006

Uma parede de tijolos ou um parque?


Olhar a paisagem pela janela do tempo é olhar para a sua vida. O que gostaria de ver? Um feliz parque ou uma parede de tijolos? Só depende de você.

***

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. Sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias...

E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte. Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.

Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas. Dias e semanas passaram.

Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.

Depois de se certificar de que o homem estava em instalado, a enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolos!

O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem.

Moral da História:

Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada. Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar.

"O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente."

(Autor desconhecido)

quinta-feira, abril 06, 2006

Um brinde a vida


"Quando você nasceu, você estava chorando e todas as pessoas ao seu redor estavam sorrindo. Viva de um modo que ao morrer, você seja aquele que esteja sorrindo enquanto todos a sua volta estejam chorando." (Autor desconhecido).

***

Faça valer a pena. Costumo dizer que para tudo aquilo que se dispor a fazer, que se faça com amor, com carinho, com vontade e bem feito.

Na vida não é diferente. Viva um dia de cada vez, não sofra por atencipação, planeje, saiba aonde quer chegar, corra, lute, acredite, acredite em si, trilhe seus caminhos, construa seu sucesso, invente seu futuro.

Haverão momentos de sofrimento, dificuldades, uma dor que parece eterna, dias sem fim, onde tudo parece dar errado. Sorria mesmo assim, faça por onde, faça por merecer. Seja maior que seus problemas, mostre a eles o tamanho de sua coragem.

Ame a vida, valorize as pessoas que te amam, construa uma família, ensine seus filhos a viver, compartilhe um pôr do sol, acorde cedo para saudar um novo dia, respire o ar frio das manhãs, abrace seu amigo, conheça novos lugares, conheça novas pessoas, cultive as verdadeiras amizades, anote seu poema favorito, colecione pétalas de rosas, guarde recordações de um lindo dia, seja feliz!

Então, quando todos chorarem sua saudade, você saberá sorrir, deixando este mundo consciente de que valeu a pena.

quarta-feira, abril 05, 2006

Intenção


"Se não houve frutos, valeu a beleza das flores; se não houve flores, valeu a sombra das folhas; se não houve folhas, valeu a intenção da semente."

Esse verso é de autoria do cartunista Henrique de Souza Filho (ou Henfil), em seu livro Diretas Já.

Henfil, um mineiro nascido em Ribeirão das Neves no ano de 1944 e falecido em 1988 aos 44 anos no Rio de Janeiro, ficou conhecido pelos personagens: Fradim, Graúna, Capitão Zeferino, dentre outros. Suas criacões tipicamente brasileiras e seu humor podem ser vistos até hoje em tiras de alguns jornais.

***

Uma mensagem simples de enorme significado. Dizem que o sentido das coisas mudam conforme a fase de sua vida, as opiniões divergem de acordo com a época em que se vive, o que se sente, o que se pensa, o que se passa.

Neste momento, vivo estes versos como sendo as coisas que valem a pena, das menores inteções aos maiores atos. Se algo não convergiu em no que se esperava, mesmo assim valeu a pena tentar, valeu a pena sentir, valeu a pena viver e valerá a pena recordar.

terça-feira, janeiro 31, 2006

Chuva


As vezes em nossas vidas nos deparamos com grandes temporais, que parecem durar a eternidade, que querem nos carregar para o final sem antes ser definitivamente nosso tempo, pensamos que está tudo perdido, esquecemos que os temporais nunca duram para sempre e não percebemos que a chuva passou, que o sol apareceu e um lindo dia se consolidou.

O que acontece é que depois de um temporal desses, temos a mania de temer até mesmo um sereno, então passam os dias, as semanas, meses, muitas vezes os anos, a vida passa tão depressa que quando se nota, ela já aconteceu, tal qual a tempestade que por pouco tempo caiu mas que em sua correnteza, tudo levou, inclusive nossa coragem.

Ah se as pessoas soubessem o quanto é bom tomar banho de chuva, sair de braços abertos enquanto a água cai, trazendo consigo toda história de uma viagem que começou em algum lugar distante, ou ali naquela esquina, descobririam o tanto que a felicidade é uma coisa simples.

Por incrivel que pareça, a vida se esconde nas coisas simples, como num banho de chuva.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Até mais


Tudo passa em função do tempo, pessoas vão, pessoas vem, alguns ficam um pouco menos, outros um pouco mais, tantos outros que gostariamos que ficassem muito mais, acabam seguindo seus rumos, indo embora.

Aqueles ventos que trazem as pessoas, as levam também. É uma pena ter que se despedir, sobretudo daqueles que um dia nos cativaram, que conquistaram a simpatia, admiração e acima de tudo amizade.

Ah a vida, a nossa vida. Ela vai e vem, nos leva a rumos desconhecidos, um rumo que podemos chamar de futuro. O amanhã de todos nós. Ela é como uma estrada que seguimos, onde curtimos paisagens, trilhas. Onde cruzamos com algumas pessoas, alguns de braços abertos nos acolhem, outros simplesmente cruzaram nosso caminho.

Hoje você está partindo, pra viver uma nova sorte, mudar de cidade como outras vezes fez. Está partindo e ao mesmo tempo ficando, numa amizade que cultivamos na nossa juventude, nas lembranças de bons momentos e momentos ruins, afinal, a vida não é um mar de rosas. Nossas noites na balada, conversas no bar, um ombro amigo para chorar. Jamais esquecerei.

Felipe, boa sorte na vida meu amigo, você merece ser muito feliz. Jamais se esqueça que deixou um amigo aqui que além de sentir saudades, vai estar torcendo por você.

Ao invés de um adeus, vou dizer até mais. Como em tantas outras vezes.

domingo, janeiro 08, 2006

Cinco anos

Cinco anos são aproximadamente:
- 1825 dias
- 43.800 Horas
- 2.628.000 minutos
- 157.680.000 segundos

Já parou para pensar o quanto as coisas mudam em cinco anos?
É incrivel imaginar que daqui a cinco anos sua vida poderá ser completamente diferente, assim como já vem mudando desde então.

As vezes neste pequeno intervalo de tempo se passam tantas coisas, vencemos muitos desafios, criamos sonhos e os realizamos.

Pessoas vão, pessoas vem, pessoas ficam, outros se perdem, outros se encontram à luz da saudade.

Familias se criam, familias se desmontam. Os filhos terão cinco anos a mais, você será cinco anos mais velho.

Em alguns momentos paramos para pensar sobre o que é a vida. E concluimos algo assustador, de que a vida, nada mais é do que um pequeno intervalo entre o nascer e a morte. Um tempo ao qual temos a chance de sermos felizes.

Todos os dias novos seres são trazidos à existencia, outros são extintos, alguns viram história outros esquecimento. Ah se formos falar da vida, daria pra recitar uma poesia inteira, de braços abertos para o vento, um vento distante frio, viajante. O vento dos novos tempos, das mudanças.

Cinco anos, e um mundo de acontecimentos, uma vida, uma vida inteira. Em cinco anos.

E você, o que será daqui a cinco anos?