quinta-feira, outubro 19, 2006

True


Spandau Ballet - True


So true funny how it seems
always in time, but never in line for dreams
Head over heels when toe to toe
This is the sound of my soul,
this is the sound
I bought a ticket to the world,
but now I've come back again
Why do I find it hard to write the next line
Oh I want the truth to be said

Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true
Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true

With a thrill in my head and a pill on my tongue
dissolve the nerves that have just begun
Listening to Marvin (all night long)
This is the sound of my soul,
this is the sound

Always slipping from my hands,
sand's a time of its own
Take your seaside arms and write the next line
Oh I want the truth to be known

Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true
Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true

I bought a ticket to the world,
but now I've come back again
Why do I find it hard to write the next line
Oh I want the truth to be said

Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true
Huh huh huh hu-uh huh
I know this much is true
This much is true
I know, I know, I know this much is true

***

Músicas são eternas, tudo que é bom pode ser eterno, mesmo que em lembranças. Entretanto, as músicas tem um sentido especial. Muitas vezes uma recordação é acompanhada de uma trilha sonora, outras vezes nossos sentimentos podem ser expressados em uma canção. Quem é que não tem a música de sua vida? Esta em especial embalou pessoas de tempos diferentes, tem um estilo cafona, romântico, associado a um clipe meigo típico das baladinhas de época.

True, de Spandau Ballet, fez um enorme sucesso em 1983, foi relembrado em 2000 como parte da trilha sonora do filme "As Panteras (Charlie's Angels, Sony, 2000)" e jamais será esquecido pelos saudositas de plantão.

Clique aqui para saber mais sobre o Spandau Ballet (Wikipedia) e aqui para ver o videoclipe.

"I bought a ticket to the world, but now I've come back again..."

sexta-feira, outubro 13, 2006

Quando voltar? Talvez.


Uma hora temos que partir, o tempo que restava se esvaiu e acabou. Antes de ir, paramos para pensar, refletir, analisar, colocar na balança tudo aquilo que foi feito, saber se valeu a pena. De um lado ficam os arrependimentos por algo que não foi feito, uma atitude que não foi tomada. Do outro a felicidade de alguns momentos.

De que lado esta balança irá pender eu não sei e jamais saberei, faltaram alguns elementos, talvez tenha faltado um certo tempo, ou o tempo que me foi dado já era, por natureza, escassa. Algumas vezes acontecem coisas incompreensiveis, daí vem a nossa teimosia em compreende-los. Oras, se é incompreensível para que teimar em compreende-lo? Não há razão. Talvez o ponto de equilibrio é fazer o que estiver ao alcance. Se não deu certo, paciência, mas é importante sempre estar consciente de que fez sua parte e partir, para o bem de todos.

É hora de ir, cedo da manhã, antes mesmo do sol nascer, antes da primeira alma despertar em um novo dia. É a oportunidade de sentir os ventos gelados, velados pela noite, acender os faróis e iluminar a estrada, ainda misteriosa e desconhecida a cada curva, tal qual desconhecido serei quando o esquecimento vier, quando menos se perceber.

Despeço-me de uma vida curta e inicio uma outra nova que não sei como será, vai depender de onde esta estrada me levar. Na bagagem levo a balança, para que eu possa pesar a proxima oportunidade que surgir. Quais eram os elementos da balança? Não vou contar. Quando voltar? Talvez.

terça-feira, outubro 03, 2006

O tesouro de Bresa


A vida é um eterno aprendizado, começamos a aprender desde os primeiros dias de nossa história até o final. Com o tempo descobrimos novos encantos, novos rumos, mudamos, adquirimos conhecimento. O tesouro de Bresa é uma história que imita a vida.

***

Houve outrora, na Babilônia, um pobre e modesto alfaiate chamado Enedim, homem inteligente e trabalhador, que não perdia a esperança de vir a ser riquíssimo. Como e onde, no entanto, encontrar um tesouro fabuloso e tornar-se assim, rico e poderoso?

Um dia, parou na porta de sua humilde casa um velho mercador da Fenícia, que vendia uma infinidade de objetos extravagantes. Por curiosidade, Enedim começou a examinar as bugigangas oferecidas, quando descobriu, entre elas, uma espécie de livro de muitas folhas, onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos. Era uma preciosidade aquele livro, afirmava o mercador, e custava apenas três dinares.

Era muito dinheiro para o pobre alfaiate, razão pela qual o mercador concordou em vender-lhe o livro por apenas dois dinares.

Logo que ficou sozinho, Enedim tratou de examinar, sem demora, o bem que havia adquirido. E qual não foi sua surpresa quando conseguiu decifrar, na primeira página, a seguinte legenda: "O segredo do tesouro de Bresa". Que tesouro seria esse? Enedim recordava vagamente de já ter ouvido qualquer referência a ele, mas não se lembrava onde, nem quando. Mais adiante decifrou: "O tesouro de Bresa, enterrado pelo gênio do mesmo nome entre as montanhas do Harbatol, foi ali esquecido, e ali se acha ainda, até que algum homem esforçado venha encontrá-lo."

Muito interessado, o esforçado tecelão dispôs-se a decifrar todas as páginas daquele livro, para apoderar-se de tão fabuloso tesouro. Mas, as primeiras páginas eram escritas em caracteres de vários povos, o que fez com que Enedim estudasse os hieróglifos egípcios, a língua dos gregos, os dialetos persas e o idioma dos judeus. Em função disso, ao final de três anos Enedim deixava a profissão de alfaiate e passava a ser o intérprete do rei, pois não havia na região ninguém que soubesse tantos idiomas estrangeiros.

Passou a ganhar muito mais e a viver em uma confortável casa.

Continuando a ler o livro, encontrou várias páginas cheias de cálculos, números e figuras. Para entender o que lia, estudou matemática com os calculistas da cidade e em pouco tempo, tornou-se grande conhecedor das transformações aritméticas. Graças aos novos conhecimentos, calculou, desenhou e construiu uma grande ponte sobre o rio Eufrates, o que fez com que o rei o nomeasse prefeito.

Ainda por força da leitura do livro, Enedim estudou profundamente as leis e princípios religiosos de seu país, sendo nomeado primeiro-ministro daquele reino, em decorrência de seu vasto conhecimento. Passou a viver em um suntuoso palácio e recebia visitas dos príncipes mais ricos e poderosos do mundo. Graças ao seu trabalho e ao seu conhecimento, o reino progrediu rapidamente, trazendo riquezas e alegria para todo seu povo.

No entanto, ainda não conhecia o segredo de Bresa, apesar de ter lido e relido todas as páginas do livro.

Certa vez, então, teve a oportunidade de questionar um venerando sacerdote a respeito daquele mistério, que sorrindo esclareceu:

- O tesouro de Bresa já está em seu poder, pois graças ao livro você adquiriu grande saber, que lhe proporcionou os invejáveis bens que possui. Afinal, Bresa significa "saber".

Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros inimagináveis. O tesouro de Bresa é o saber, que qualquer homem esforçado pode alcançar, por meio dos bons livros, que possibilitam "tesouros encantados" a aqueles que se dedicam aos estudos com amor e tenacidade.