terça-feira, julho 25, 2006

Wind of change


Scorpions - Wind of change

I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change
An August summer night
Soldiers passing by
Listening to the wind of change

The world closing in
Did you ever think
That we could be so close, like brothers
The future's in the air
I can feel it everywhere
Blowing with the wind of change

Chorus:
Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever

I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

***

Esta música fez bastante sucesso na década de noventa, ela é inspirada num momento histórico em que o mundo assistiu o colapso da União Soviética.

O simbolo da divisão do mundo, o Muro de Berlim foi derrubado pela nova ordem mundial que começou a se estabelecer a partir dali.

Em novembro de 1989 o mundo viu diante dos olhos o nascimento de uma nova era.

Curiosidade: Moskwa é um rio que cruza Moscow, a capital da antiga União Soviética, e centro do Socialismo.

O clipe pode ser visto no YouTube.com em: Scorpions - Wind of change

sexta-feira, julho 21, 2006

Saudades


Sou uma pessoa saudosista. Sinto saudades de tudo na vida, até mesmo dos momentos ruins, porque se algo foi realmente ruim e ainda posso estar aqui para lembrar, o que conta desde então é a superação e isso transforma em saudades.

Existem diversos tipos de saudades, alguns nos fazem sorrir, outros nos fazem chorar, outros são simplesmente saudades.

Entretanto, o tipo que mais me assusta é a saudade de algo que nunca aconteceu, daquilo que poderia ter sido. Esta sim nos remete uma verdadeira dor. Tantas vezes já me vi perguntando, formulando uma frase que começa com: "E se."

Ah, é nessas horas que ficamos com um sentimento de perda, a perda daquilo que nunca existiu ou nunca aconteceu.

E se eu tivesse aceitado aquele emprego, hoje estaria muito melhor e sentiria saudades de uma brilhante carreira que construiria.

E se eu tivesse ido naquele encontro, sentiria saudades de bons momentos que um dia teriamos e sentirei saudades de momentos que ainda estariam por vir.

E se eu tivesse terminado naquele momento que as coisas iam mal, sentiria saudades de amores que viveria porque não teria medo de me apaixonar.

E se eu tivesse corrido um pouco mais, teria conseguido voltar a tempo e sentiria saudades de dias de paz, pois, teria pedido desculpas para um amigo que se foi para sempre.

E se eu tivesse escutado minha mãe e não tivesse saído naquela tarde de chuva, sentiria saudades dos meus aniversários que nunca mais aconteceram.

Uma das maiores dores de nossas vidas é sentir saudades daquilo que poderia ter sido.

quinta-feira, julho 20, 2006

Memórias


Memórias. É tudo aquilo que juntamos durante nossa existencia.

Minhas memórias são como uma vida: Rara, tão rara que jamais viverei novamente tudo aquilo que recordo.

Se pudesse escolher um momento para reviver, escolheria o dia de amanhã. Parece ir contra todos os princípios, mas é lá que reside a esperança, num novo dia que está para nascer, uma surpresa que está para se revelar, na ansiedade de um recém chegado, mesmo sabendo que quando vier, já será um novo parágrafo.

Tenho um momento para viver, felizmente não tenho escolha, é o presente, é o agora, é tudo aquilo que acontece enquanto se pensa sobre e enquanto os fatos correm a favor do tempo, até virarem lembranças.

Um dia descobriremos que a máquina do tempo nunca será inventada, porque não se inventa o que sempre existiu. Eu tenho uma máquina do tempo e ela é especial porque pode apenas olhar para o passado, aprender com os erros e relembrar os bons momentos.

Um dia descobriremos que uma vida feliz se constroi com poucos elementos: Boas memórias e um futuro enquanto o presente acontece.

domingo, julho 09, 2006

A janela do meu quarto


Da janela do meu quarto posso ver uma rua, desta janela posso ver também os passantes apressados, ansiosos para chegar em algum lugar, talvez seu lar, talvez o lar de quem os espera. Aquela velha janela já viu muita coisa, um solitário caminhando, um casal namorando, um senhor passeando com seu cachorro. É a janela que me mostra algumas vidas passando, depressa ou sem pressa, dela partem histórias de noites frias e tardes quentes, sol e chuva.

Enquanto fico a olhar por esta janela, a vida vai passando, como os transeuntes da rua, companheira e solitária. Se esta rua pudesse falar, falaria de todas as impossibilidades e todos os desencontros que cada esquina levou, tantos dobraram-na para nunca mais voltar, tantos outros por muitas vezes voltaram.

Sou o que fica observando tudo isso, num ritmo que já dura anos, um ritmo lento, assim como a propria vida, que não muda mais, até porque a perdi faz tempo. Sou o fantasma das lembranças que aqui ficaram, as lembranças daqueles que por esta janela, olharam aquela rua. A rua do tempo.

segunda-feira, julho 03, 2006

Escolhas


Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto. Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, na qual haviam gravadas figuras de caveiras.

Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
- Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.

Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe: Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.

O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.


O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta. Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

(Autor desconhecido)

***

Esta porta é o nosso futuro, nossas chances, nossos riscos. Podemos ficar trancados pelo resto de nossas vidas, podemos ser mortos por habilidosos arqueiros ou podemos ser livres.