domingo, julho 09, 2006

A janela do meu quarto


Da janela do meu quarto posso ver uma rua, desta janela posso ver também os passantes apressados, ansiosos para chegar em algum lugar, talvez seu lar, talvez o lar de quem os espera. Aquela velha janela já viu muita coisa, um solitário caminhando, um casal namorando, um senhor passeando com seu cachorro. É a janela que me mostra algumas vidas passando, depressa ou sem pressa, dela partem histórias de noites frias e tardes quentes, sol e chuva.

Enquanto fico a olhar por esta janela, a vida vai passando, como os transeuntes da rua, companheira e solitária. Se esta rua pudesse falar, falaria de todas as impossibilidades e todos os desencontros que cada esquina levou, tantos dobraram-na para nunca mais voltar, tantos outros por muitas vezes voltaram.

Sou o que fica observando tudo isso, num ritmo que já dura anos, um ritmo lento, assim como a propria vida, que não muda mais, até porque a perdi faz tempo. Sou o fantasma das lembranças que aqui ficaram, as lembranças daqueles que por esta janela, olharam aquela rua. A rua do tempo.

Um comentário:

Geraldo Felipe disse...

Da janela do meu quarto vejo passar amigos, amores e paixões. Pensamentos que terminam ao dobrar da esquina assim como as minhas emoções. Hoje da janela do meu quarto, quero prestar mais atenção, deixando os pensamentos sempre terminados na esquina passando aos amigos minha emoção e aos amores minha paixão. Para que da janela do meu quarto fiquem apenas boas recordações.

Grande abraço Master!